Correio Braziliense – A campanha Outubro Rosa busca conscientizar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. O nome da campanha está ligada à cor do laço que é um símbolo internacional na luta e prevenção da doença que é a primeira causa de morte por câncer na população feminina. No Brasil, em 2021, o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estimou que 18.361 brasileiros morreram em decorrência do câncer de mama. O Instituto também estima 70 mil novos casos da doença em 2023.
Tatiana Strava, oncologista do Hospital Sírio-Libanês explica que o diagnóstico precoce é fundamental e traz melhores resultados no tratamento além de reduzir a mortalidade. “O ideal é que o câncer de mama seja diagnosticado ainda quando não tem sinais e sintomas”.
Os principais sintomas da doença são: caroço (nódulo) geralmente indolor na mama, mudança da cor da mama, surgimento de alterações no mamilo ou saída espontânea de líquido de um dos mamilos, pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axila). Assim como em outros cânceres, a idade é um marcador de risco importante. O Ministério da Saúde recomenda que mulheres acima de 50 anos façam uma mamografia diagnóstica para avaliar uma alteração suspeita na mama.
“Para pacientes de alto risco, que têm o histórico de câncer hereditário na família, a gente começa antes de 40 anos, até com 30 e 35 anos fazendo exames mamários de ressonância mamária”. Tatiana também aponta que o uso de contraceptivos orais por mais de 10 anos, exposição ao hormônio feminino de forma exagerada, obesidade e o sedentarismo são fatores de risco que estão ligados à incidência de câncer de mama. A oncologista alerta que praticar atividade física pode auxiliar na redução do risco de câncer de mama.
“As causas principais são a exposição ao hormônio feminino exagerado, o uso de anticoncepcional usado por mais de 10 anos. Além disso, o sobrepeso, a obesidade, a nutrição inadequada, rica em carboidratos e em gorduras, associada a um estilo de vida sedentário demonstrou como um fator de risco para o câncer de mama”, explica.