A Câmara dos Deputados rejeitou na madruga desta quarta (27) a doação de empresas privadas para candidatos. A rejeição é uma derrota para o PMDB e para o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que deu declarações públicas defendendo o financiamento privado. O financiamento empresarial foi defendido pelo bloco partidário chefiado pelo PMDB e também pelo PSDB, pelo PSD e pelo DEM, entre outros. PT, PRB, PDT e PPS votaram contra, entre outras legendas. Apenas 264 deputados votaram a favor, enquanto 207 votaram contra. Para alterar a Constituição, 308 votos são necessários. Quatro deputados se abstiveram.
O texto rejeitado na madrugada desta quarta é uma emenda apresentada ao original do relator da PEC, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e que pretendia estabelecer na Constituição a possibilidade de doações de empresas para candidatos e partidos. Amanhã, a Câmara irá votar o texto original de Maia, que prevê o financiamento de empresas somente para os partidos políticos. Depois, a Casa ainda terá de votar opções como o financiamento apenas por pessoas físicas e o financiamento exclusivamente público. Momentos antes, a Câmara já havia imposto uma derrota a Cunha e ao PMDB ao rejeitar o sistema eleitoral do “distritão”, que cria a eleição majoritária para deputados federais, estaduais e vereadores. (André Shalders – Correio Web)