O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reuniu milhares de apoiadores para uma motociata em São Paulo neste sábado (12). Ele parou na pista da Rodovia dos Bandeirantes, e, de cima da moto, cumprimentou os manifestantes. Enquanto segurava a bandeira do Brasil, a multidão gritava “nossa bandeira jamais será vermelha”, “eu vim de graça” e “mito”, além de protestos contra o governador João Doria (PSDB).
Sorrindo enquanto os apoiadores xingavam Doria, o presidente apoiou o coro fazendo gestos com a mão. Bolsonaro está vestindo uma jaqueta de motociclista bordada com seu retrato e um capacete em que estava escrito “presidente Bolsonaro”. Ele permaneceu por cerca de 20 minutos no local até retomar a motociata, descendo a Rodovia dos Bandeirantes.
O ato, organizado por integrantes de clubes de tiro e de motociclismo do interior de São Paulo e região, começou na Zona Norte de São Paulo e seguiu pela Marginal do Tietê até a Rodovia dos Bandeirantes. O grupo continuou até o quilômetro 62, próximo a Jundiaí, interior do estado, e de lá retornou para a capital.
A manifestação chama atenção pela aglomeração de pessoas quando o país se aproxima de meio milhão de mortes pela Covid-19. Nessa sexta (11), foram 2.216 mortes causadas pela doença em 24 horas, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Além da aglomeração, Bolsonaro também apareceu sem máscara, assim como todo grupo que o acompanhou. Por isso, ele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, foram multados pelo governo de São Paulo. O uso de máscaras é obrigatório no estado de São Paulo desde maio de 2020, conforme um decreto estadual e uma resolução da secretaria da Saúde, e cada um deve pagar R$ 552,71.
Belo Horizonte
A primeira motociata que Bolsonaro fez no Rio de Janeiro, em 23 de maio, despertou a possibilidade de estender para mais locais no Brasil. Hoje, em São Paulo, é um dos exemplos.
Belo Horizonte é uma das cidades que está na mira do presidente. Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, e também durante uma live em suas redes sociais, ele já deixou o interesse em se reunir com apoiadores na capital mineira.
Bolsonaro afirmou que está em dúvida entre a capital mineira e Porto Alegre, mas que o próximo evento está previsto para ocorrer ainda no mês de junho.
O prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), disse que “não existe um político no Brasil que o prefeito não receba, ainda mais o presidente do Brasil. E de mais, a mais… não está proibido andar de motocicleta na nossa cidade”, afirmou.