Bolsonaro reconhecer resultado da eleição

Por: Correio Braziliense – O governo dos Estados Unidos se manifestou positivamente nesta quarta-feira (2/11), após o presidente Jair Bolsonaro (PL) ter reconhecido o resultado da eleição brasileira. É o que afirma Karine Jean-Pierre, porta-voz da Casa Branca.
“Estamos satisfeitos em ver que o presidente Bolsonaro reconheceu os resultados da eleição e autorizou o início do processo de transição. O TSE determinou que quem venceu as eleições livres e justas foi o presidente eleito Lula. A vontade do povo do Brasil deve ser respeitada”, aponta Jean-Pierre.
Bolsonaro levou mais de 44 horas depois da apuração das urnas para quebrar o silêncio sobre o resultado do pleito.
Pressionado por aliados e pela escalada de manifestações de caminhoneiros que fecharam rodovias pelo país, ao lado de ministros e em discurso de pouco mais de dois minutos, o chefe do Executivo reconheceu indiretamente a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em pronunciamento no Palácio da Alvorada, não citou o nome do petista, mas disse que “sempre jogou dentro das quatro linhas” e cumprirá a Constituição. Também agradeceu os mais de 58 milhões de votos recebidos. Lula teve 50,90% dos votos, contra 49,10% de Bolsonaro, se tornando pela terceira vez presidente eleito do Brasil. Ficou a cargo do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), confirmar que o presidente havia autorizado a transição de governo.
Biden parabenizou Lula no domingo à noite
Poucos minutos após a divulgação do resultado das eleições, no último domingo (30/10), o presidente norte-americano Joe Biden parabenizou Lula pela vitória no segundo turno.
“Parabéns ao Luiz Inácio Lula da Silva por ser eleito o próximo presidente do Brasil após um processo eleitoral livre, justo e confiável. Espero trabalharmos juntos para continuar a cooperação entre nossos países nos próximos meses e anos”, disse Biden, em nota da Casa Branca divulgada pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.
Quando Biden foi eleito, em 2020, o presidente Bolsonaro foi um dos últimos chefes de estados a reconhecer a vitória do democrata nas urnas.