Como o senhor construiu uma relação com Paulo Guedes?
A gente se falava todo dia cedo. Me senti um privilegiado de ter trabalhado tão perto dele, um profissional incrível. Ele disponibilizou um técnico para ficar comigo e viu que eu estava ali para ajudar. Estudei, fui firmeza.
O senhor mediou negociações entre Maia e Guedes.
Foram momentos difíceis, por causa do temperamento das pessoas envolvidas. Muitas vezes reconstruímos o muro desmoronado. Me orgulho de ser amigo do Guedes e do Maia, ainda que eu tenha apagado muitos incêndios. Foi estilo bombeiro. (Neste momento, Frota mostra um áudio de Paulo Guedes, gravado para ser mostrado na entrevista à coluna: “O Alexandre Frota tem sido muito construtivo no apoio às reformas. Por sugestão dele, nós mudamos toda a comunicação do regime de capitalização para ‘poupança garantida’. Ele tem ajudado muito”.)
A reforma da Previdência aprovada pela Câmara foi “meia boca”, como atacaram muitos bolsonaristas?
Não concordo. A reforma atingiu números excelentes, como disse o Guedes. Bolsonaro afirmou que errou na reforma dos policiais e pediu que o Congresso consertasse, jogou em nossas costas. Os bolsonaristas radicais precisam ganhar uma eleição antes de criticar.