Avó catarinense dá à luz neto gerado em barriga solidária…

Nasceu às 7h45 desta quinta-feira (5) Arthur, bebê que foi gerado pela avó Nivalda Maria Candioto, de 55 anos. A cesárea foi realizada em uma unidade de saúde particular de Criciúma, no Sul de Santa Catarina. Ela deve ficar mais um dia na unidade de saúde para se recuperar.

Nivalda aceitou ser barriga solidária da filha Gleice Raupp da Cunha, de 31 anos. A mãe tomou a decisão após elas descobrirem que Gleice não poderia engravidar por não ter o útero.

Arthur mede 51 centímetros e pesa 3,615 quilos.

Nivalda aceitou ser 'barriga solidária' da filha Gleice (Foto: Denise de Medeiros/RBS TV)Filha Gleice e Nivalda chegaram ao hospital por volta das 6h30 (Foto: Denise de Medeiros/RBS TV)

Dificuldade no registro
Houve problemas para o registro do bebê. Como os pais tinham a prova da inseminação artificial realizada, não procuraram advogado para o momento do nascimento de Arthur.

Porém, a unidade de saúde só queria liberar o registro com o nome da avó como mãe da criança. No cartório, foi recebida a mesma resposta.

Em seguida, os pais voltaram para a unidade de saúde para acompanhar a cirurgia. O pai, Kleber Festras da Cunha, afirmou que talvez procure o Ministério Público para registrar a criança no nome dele e de Gleice.

Nivalda grávida de Gleyce em 1938 e no fim de 2014, grávida do neto (Foto: Arquivo Pessoal)Nivalda grávida de Gleyce em 1983 e no fim de 2014, grávida do neto (Foto: Arquivo Pessoal)

‘Um gesto de amor’
“É um gesto de amor. O maior presente que poderia dar à minha filha”, disse a catarinense ao G1 nos últimos meses da gestação.

A avó mora em Criciúma, no Sul de Santa Catarina. Gleice, de 31 anos, e o marido vivem em Taubaté, no interior de São Paulo. Nivalda é mãe de três mulheres. Entre o nascimento de sua última filha e agora do seu neto, houve um intervalo de 28 anos.

A decisão foi tomada há pelo menos 14 anos. “Minha filha descobriu com 17 anos que não poderia engravidar. Eu disse para ela que, assim que ela estivesse preparada, eu iria ser seu útero de substituição”, afirmou.

Inseminação artificial
Em maio de 2014, a inseminação artificial, com um óvulo fecundado a partir do material genético da filha e do genro, foi implantado em Nivalda. Foram oito minutos de procedimento, 20 de descanso e um resultado após 17 dias: Nivalda estava grávida. (G1)