Por: Tádzio Estevam/Diário de Pernambuco – O ano mal começou e o clima na Assembleia Legislativa de Pernambuco começou a esquentar. Com tantas notícias que mexeram com a opinião pública como aumento de salários e criação de auxílios, desta vez a pauta do momento é a movimentação dos parlamentares para eleger o próximo presidente da Casa de Joaquim Nabuco, assim como toda a Mesa Diretora para o biênio 2023-2025.
Os candidatos mais cotados para ocupar o cargo que hoje é comandado pelo deputado Eriberto Medeiros (PSB), são os deputados Antônio Moraes (PP) e Álvaro Porto (PSDB). Álvaro é do mesmo partido da governadora Raquel Lyra e registra um bom trânsito na assembleia, ainda mais nesse momento em que ele passou da oposição ao antigo governo para situação durante os próximos quatro anos. Porto havia tido a intenção de presidir a casa na última gestão de Paulo Câmara.
Uma outra vaga que também é bastante disputada na Alepe é a de 1º Secretário, responsável pela administração da casa. Fontes ligadas ao deputado Aglaílson Victor (PSB) afirmam que o parlamentar deverá ser o próximo primeiro secretário da Assembleia e que já conseguiu um número considerável de apoios entre um grupo de deputados. Contudo, a esquerda também já deu início a uma articulação para ocupar a primeira secretaria da casa.
A Federação PT/PCdoB/PV, PSB e Solidariedade iniciou uma articulação no começo da semana para indicar o deputado Doriel Barros (PT), que também é presidente da sigla no estado. Só que dentro da federação outros nomes também deverão disputar o cargo de primeiro secretário, exigindo jogo de cintura por parte dos esquerdistas. O PSB, por exemplo, conta com mais três nomes, além de Aglaílson: os deputados Simone Santana, Rodrigo Novaes e Danilo Godoi. Já o Solidariedade, que tem uma bancada formada por quatro parlamentares, tem mais um pré-candidato que é o deputado Gustavo Gouveia.
Caso a esquerda consiga eleger Doriel Barros como Primeiro Secretário, os deputados indicados pelos partidos para compor a Mesa Diretora da Alepe poderão ter forte influência na hora da votação. Ao todo, são 25 deputados, mais que a metade do número total de parlamentares (49). O deputado petista disse que deverá haver um alinhamento positivo com relação aos cargos que serão ocupados. “Não é saudável ter um presidente submisso ao Executivo mas também temos consciência de que dificilmente se consegue eleger um presidente de oposição. Além disso, o momento é de praticar o diálogo, como o presidente Lula está fazendo e a governadora eleita tem defendido”.
Até o final deste mês, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco tem como presidente o deputado Eriberto Medeiros; primeiro vice-presidente, Aglaílson Victor; segundo vice-presidente, Manoel Ferreira; primeiro secretário, Clodoaldo Magalhães; segundo secretário, Pastor Cleiton Collins; terceiro secretário, Rogério Leão; quarto secretário, Alessandra Vieira; primeiro suplente, Antônio Fernando; segundo suplente, Simone Santana; terceiro suplente, Joel da Harpa; quarto suplente, Henrique Queiroz Filho; quinto suplente, Dulce Amorim; sexto suplente, Fabíola Cabral e sétimo suplente, Romero Albuquerque.