Alckmin fora do 2º turno desmoralizaria o PSDB…

Nas últimas quatro eleições presidenciais, o PSDB disputou o 2º turno com o PT. Em 2002 e 2006 com Lula, e em 2010 e 2014 com Dilma Rousseff. Em 1994/1998 venceu no 1º com FHC com a popularidade do Plano Real. Agora em 2018, apresentou o melhor candidato que poderia apresentar, Geraldo Alckmin, depois que Serra e Aécio foram alcançados pela Lava Jato. Mas ele, perigosamente, começa a dar sinais de que pode ficar fora do 2º turno, o que seria uma desmoralização para o partido. Alckmin não está conseguindo sensibilizar sequer os eleitores de São Paulo, que já o elegeram três vezes governador.

Ele não empolga, não tem carisma, não transmite emoção, apesar de ser um dos mais sérios e respeitáveis candidatos, que trata a política com responsabilidade e não faz propostas demagógicas ao país. E não pode se queixar de falta de apoio partidário, pois tem numa coligação de 9 partidos que reúnem aproximadamente 50% do prefeitos do Brasil. É certo que praticamente não tem palanque no Nordeste e mesmo onde tem, como Pernambuco, falta quem vista sua camisa de candidato. Todavia, o forte do PSDB nunca foi o Nordeste e sim o Sul/Sudeste. Por isso, se ele não crescer rapidamente em São Paulo, Rio e Minas Gerais, pode perder a vaga no 2º turno para Bolsonaro, que já começa a sensibilizar parcelas influentes do empresariado paulista por ter escolhido um economista liberal, Paulo Guedes, para lhe dar assessoria econômica. Todo cuidado é pouco! (Inaldo Sampaio)