Por Edmar Lyra – A entrada do deputado federal Sergio Toledo, eleito pelo PL em 2018, no PV, causou um grande desconforto para a federação entre os dois partidos. Isso porque o parlamentar de Alagoas obteve 98.201 votos e tentará a reeleição.
Como o PV pretende federar com o PT, a situação do deputado federal Paulão, eleito com 60.900 votos ficou extremamente delicada na busca pela reeleição. Isso tem se repetido em diversos estados da federação, inclusive Pernambuco.
O deputado estadual Clodoaldo Magalhães, pré-candidato a deputado federal, tem potencial para 120 mil votos. Com a saída de Marília Arraes do PT, a chapa da federação que poderia eleger até cinco parlamentares teria segurança de apenas dois, podendo eleger o terceiro, mas com muita dificuldade.
Como Teresa Leitão deve ser indicada para a majoritária, Carlos Veras, do PT, que obteve 72 mil votos, e Renildo Calheiros, do PCdoB, que obteve quase 58 mil votos, estariam preocupados com a entrada de Clodoaldo Magalhães.
Repetindo a votação de ambos, e projetando Clodoaldo com 120 mil, a chapa teria 250 mil votos, considerando 50 mil votos de legenda, iria para 300 mil, e com pré-candidatos de cauda, talvez chegasse a 380 mil, número insuficiente para garantir três cadeiras.
Os problemas de Alagoas e Pernambuco, somados a outros estados podem fazer a federação entre PT, PV e PCdoB subir no telhado, uma vez que o PV poderia inviabilizar candidatos dos outros dois partidos, especialmente nomes históricos. Não se descarta uma revisão da posição dos partidos quanto a federação, o que modificaria significativamente o jogo em diversos estados, inclusive Alagoas e Pernambuco.