É muitas vezes na UTI, com um paciente em fase terminal, ou durante um caso de acidente grave que ocorre a decisão de doação de órgão pela família. É um momento doloroso, mas também crucial porque a definição de um ‘sim’ ou um de ‘não’ pode salvar a vida de quem está numa fila de espera aguardando um transplante. O recente caso do apresentador Faustão trouxe o assunto à tona no país e despertou muita gente para se tornar um doador de órgão.
Desde o transplante de Fausto Silva, aumentou cerca de 128% o número de registros feitos por pessoas declarando que desejam ser doadores de órgãos, em cartórios de São Paulo. Segundo a analista notarial do Cartório Andrade Lima, Rayssa Veras, esse registro é chamado Declaração Antecipativa de Vontade (DAV). “É uma confirmação oficial da pessoa expressando sua vontade, como cidadão, de ser, no futuro, doador de órgão. É uma garantia de que seu desejo será atendido, caso esteja impossibilitado de se comunicar, como em caso de morte cerebral”, esclarece.
Rayssa informou que o documento também permite informar se a pessoa tem intenção de passar por tratamentos de prolongamento artificial da vida, a exemplo do uso de aparelhos, ou ainda se permite receber transfusão de sangue. (Blog Mário Flávio)