A escolha do governador Paulo Câmara (PSB) de indicar o chefe da Casa Militar, coronel Mário Cavalcanti, como o interventor de Gravatá, a 82 quilômetros do Recife, gerou um mal-estar com o atual vice-prefeito da cidade, Rafael Prequé (PSB), que também integra a legenda. Insatisfeito com o fato de sequer ter sido procurado pelo partido para opinar na nomeação, Prequé afirmou que seus advogados já preparam uma ação para requerer na Justiça o direito de assumir o cargo. A iniciativa é possível porque ele não foi prejudicado pelo processo que afastou Bruno Martiniano (sem partido) do governo municipal.
“Vou atrás do meu direito. O substituto original que foi outorgado pelo povo sou eu. Não sou vice de interventor, sou vice-prefeito. Gravatá não precisa trazer ninguém de fora”, disse Prequé. Para ele, a decisão de Câmara foi política. Segundo ele, mesmo sem o aparente apoio do PSB, cujo partido seu pai, o vereador Luiz Prequé também faz parte, irá disputar as eleições para a prefeitura no próximo ano. Questionado sobre uma possível filiação a outra legenda, ele afirmou que só irá falar sobre questões partidárias em 2016, mas deixou claro que a escolha do governador trouxe máculas na relação com a cúpula socialista. “A gente vê que não é bem-vindo. Sou do PSB, meu pai também, ajudei em todas as campanhas do ex-governador Eduardo Campos e do atual Paulo Câmara, e não fui procurado. Não vejo o porquê de meu nome ser indeferido”, acrescentou.
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