Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco– Provavelmente para não abrir uma linha de confronto com o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) desistiu de prestigiar o ato que deu o start da pré-candidatura da deputada Tabata Amaral (PSB) à Prefeitura de São Paulo. Não pegaria bem subir no palanque de uma aliada na capital paulista, principal preocupação de Lula, uma semana antes do chefe-mor ser a principal estrela na refiliação da ex-prefeita Marta Suplicy ao PT. Ela é cotada para fechar a chapa de Guilherme Boulos, pré-candidato do Psol.
A refiliação de Marta será um festão, na próxima sexta-feira (2). Um dos detalhes decididos é o local do ato. Será realizado na Casa de Portugal, centro cultural localizado no bairro da Liberdade. O evento deve acontecer no início da noite, provavelmente a partir das 18h. Ontem, a ex-prefeita convidou deputados federais, deputados estaduais e vereadores do partido em São Paulo para um jantar em seu apartamento.
O encontro acontecerá na próxima segunda-feira (29), quatro dias antes do evento de refiliação da ex-prefeita ao PT. O convite de Marta foi enviado aos parlamentares petistas por meio do presidente estadual do partido em São Paulo, Kiko Celeguim, que também é deputado federal. Segundo aliados de Marta, o jantar faz parte da estratégia da ex-prefeita para se reaproximar dos petistas, dos quais tinha se afastado após deixar a legenda em 2015.
Além de agregar experiência à chapa e munição contra o atual prefeito, a expectativa sobre Marta Suplicy como vice de Guilherme Boulos na disputa à Prefeitura de São Paulo também recai sobre a capacidade da ex-prefeita em atrair doadores robustos à campanha do deputado do PSol, que costuma repelir o apoio empresarial por conta do discurso de esquerda.