Por: Raphaela Peixoto – Correio Braziliense – O velório da cantora Gal Costa, que morreu aos 77 anos, em São Paulo, nesta quarta-feira (9), será aberto ao público. O corpo será velado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na Zona Sul da capital paulista, na sexta-feira, dia 11, das 9h às 15h.
O enterro será limitado para amigos próximos e familiares.
A morte da artista foi confirmada pela assessoria da cantora. Ela havia dado uma pausa em shows, depois de passar por uma cirurgia que retirou um nódulo na fossa nasal direita. Gal era uma das principais atrações do Primavera Sound, realizado no último fim de semana em São Paulo. Ela acabou não participando do evento.
Uma carreira histórica
Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945, em Salvador. A musa estreou na música aos 20 anos, ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Tom Zé.
Entres as primeiras gravações estão Eu vim da Bahia (1965), com Gilberto Gil. O Brasil se espantou mesmo com a voz da cantora em 1968, quando gravou o álbum Tropicália ou Panis et Circenses, com Caetano Veloso, Os Mutantes e Gilberto Gil. A voz poderosa e afinada de Gal Costa, associada ao talento excepcional de Gil e Caetano, fez da tropicália um movimento que mudou os rumos da música brasileira.
O primeiro álbum solo, Gal Costa, saiu em 1969 e trouxe músicas que entraram para sempre no repertório do cancioneiro nacional. São faixas como Namorinho de portão (Tom Zé), Se você pensa (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) e Baby e Divino Maravilhoso, ambas de Caetano Veloso. Mais tarde viriam Índia, Meu nome é Gal, Força estranha e Noites cariocas, todas do álbum Gal tropical, lançado em 1979. O último álbum foi lançado em 2021. Nenhuma dor tem participação de Criolo, Seu Jorge, Zeca Veloso e Silva.