Reportagem de capa da revista semanal aponta vínculos de Fabrício Queiroz, que pagava despesas pessoais do clã Bolsonaro, com o miliciano Adriano Nóbrega, suspeito de assassinar Marielle Franco, com assassinatos cometidos no passado Envolvido diretamente em movimentações financeiras atípicas, o policial militar reformado Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), tem em sua ficha pelo menos um homicídio ocorrido em 2003. Ele está envolvido ao lado de Adriano Magalhães da Nóbrega, o temido chefe da milícia de Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio, foragido desde janeiro.
Segundo matéria dos jornalistas Fernando Molica, Leandro Resende e Jana Sampaio, de Veja, nos mais de 20 boletins de ocorrência e dezenas de inquéritos em que Queiroz aparece, há pelo menos dois supostos autos de resistência com sua participação, sendo um em 2002 e outro em maio de 2003, pouco depois de ele conhecer Adriano no 18º Batalhão, em Jacarepaguá, onde trabalharam juntos por apenas seis meses.
Vale ressaltar que Queiroz recrutou a mãe e a esposa do miliciano para trabalharem com ele no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando este ainda era deputado estadual no Rio de Janeiro. O próprio parlamentar fez homenagens ao ex-capitão.
O ex-capitão do Bope foi apontado pelo Ministério Público do Rio como integrante do chamado Escritório do Crime, grupo de matadores profissionais e que faz exploração mobiliária ilegal. A organização também é suspeita de envolvimento com o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL), em março de 2018.
Em março, foram presos dois suspeitos de serem os assassinos de Marielle: o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-militar Élcio Vieira de Queiroz. O primeiro é acusado de ter feito os disparos e o segundo de dirigir o carro que perseguiu a parlamentar. Lessa morava no mesmo condomínio de Bolsonaro.
Outro detalhe é que Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos havia postado no Facebook uma foto ao lado de Jair Bolsonaro. Na foto, o rosto de Bolsonaro está cortado.(BR 247)