Depois de um 2020 duramente afetado pela pandemia de coronavírus, o brasileiro entra no novo ano sem o Auxílio Emergencial, que teve um papel fundamental em sustentar a renda da população na crise atual, e com a expectativa de reajustes em várias áreas e setores.
Em 2021, o salário mínimo vai subir, mas os reajustes dos valores do aluguel e dos planos de saúde devem consumir boa parte da renda da população. Para os alimentos, a alta caminha para ser mais modesta do que a observada em 2020, mas seguirá como um incômodo para o consumidor.
Veja abaixo o que deve impactar o seu bolso em 2021:
Em 2020, o salário mínimo foi de R$ 1.045. Em agosto, o governo chegou a prever R$ 1.067 para o mínimo de 2021, mas teve de alterar o valor por causa do avanço da inflação.
A área econômica revisou para cima a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que serve de base para a correção anual do salário mínimo pelo governo. A projeção subiu de 2,35% para 4,10%.
Fim do Auxílio Emergencial
O pagamento do Auxílio Emergencial chega ao fim. O benefício foi adotado pelo governo federal para mitigar os efeitos da crise sanitária, sobretudo para dar alguma renda aos trabalhadores que tiveram as atividades prejudicadas pelo distanciamento social.
Ao todo, foram beneficiados 67 milhões de brasileiros. As primeiras parcelas foram de R$ 600, e as últimas foram de R$ 300. A última está sendo paga em dezembro.Com o fim do Auxílio Emergencial, o governo federal chegou a ensaiar a criação de um novo programa social, que também iria substituir o Bolsa Família. A promessa inicial era criar um programa chamado Renda Brasil, que depois foi rebatizado de Renda Cidadã. A medida, no entanto, não saiu do papel.