Com o fim da gestão de Geraldo Julio em 2020, e sem um nome natural para sucedê-lo na disputa pelo comando da capital pernambucana, já há informações sobre eventuais postulantes para a disputa pela PCR e a disputa de 2018 terá um peso importante na equação da próxima eleição, uma vez que é pouco provável que Geraldo tire do seu colete um técnico para a disputa tal como Eduardo Campos fez por duas vezes.
A disputa pelo comando do Recife dependerá fortemente de quem for eleito governador e principalmente pelo desempenho de eventuais postulantes na disputa proporcional deste ano. Os nomes de 2016 saíram muito fragilizados, menores do que entraram, como Daniel Coelho, Priscila Krause e João Paulo, apesar disto todos deverão ser eleitos em 2018 e certamente se colocarão na disputa como alternativa.
Mas o seio da prévia pelo Palácio do Capibaribe está dentro da Frente Popular, mais precisamente na disputa de deputado federal. Rifada da disputa pelo governo de Pernambuco, Marília Arraes deverá ser eleita deputada federal com expressiva votação, sobretudo no Recife, e ficará difícil o PT novamente negar-lhe legenda para uma disputa majoritária. João Campos, por sua vez, é o nome que tem despontado nos bastidores para ser lançado pelo PSB na sucessão de Geraldo Julio, e se confirmar o prognóstico de ser eleito deputado federal com expressiva votação, ele será o nome ungido pelo PSB para o pleito, sobretudo se as pesquisas forem confirmadas e Paulo Câmara for reeleito.
Correndo por fora está Felipe Carreras, que no decorrer dos últimos meses perdeu força dentro do partido para João Campos. Há quem diga que ele não seguirá no PSB após ser reeleito deputado federal porque já se deu conta que não há espaço para a sua candidatura. Se porventura Felipe sair do partido e entrar no jogo, serão três caras novas na disputa seguinte, além de um quarto nome que já ensaiou disputar o cargo e recuou, que é Silvio Costa Filho.
Esses quatro nomes no páreo, e certamente os três derrotados em 2016 deverão fazer uma eleição bastante disputada que poderá ter seu desfecho somente no segundo turno, mas é fundamental ser majoritário no Recife para que as candidaturas ganhem legitimidade eleitoral para serem colocadas. (Edmar Lyra)