Uber começa a funcionar no Recife…

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A polêmica em torno da Uber aportou de verdade no Recife. A empresa, que permite a cidadãos comuns oferecerem transporte em seus carros particulares, começa a prestar seus serviços na capital pernambucana nesta quinta-feira (3) – oficialmente a partir das 14h. Chega para a alegria de entusiastas do sistema de compartilhamento de veículos, com promessa de renda extra para quem dirige e de economia de até 40% para quem usa. Mas é sinônimo de angústia para taxistas, que encaram o sistema como um concorrente desleal; e para o poder público, que ainda não sabe bem como lidar com essa novidade.

A seleção de motoristas, chamados pela Uber de parceiros, já está ocorrendo, mas a empresa não revela quantas pessoas aderiram ao sistema no Recife. Informa apenas que são 10 mil pessoas no País. Esses parceiros são pessoas maiores de idade que precisam provar que não têm antecedentes criminais e têm que apresentar documentos pessoais e do veículo. É preciso, ainda, passar pelo que a Uber chama de “sessão de ativação”, para conhecer as práticas dos motoristas que têm as melhores avaliações.

Continua…

O cadastro pode ser feito no site www.parceirospe.com. A remuneração é paga semanalmente e equivale a 75% do que o cliente paga pelas corridas, cuja oferta é feita de acordo com a vontade do motorista: ele é quem define quando vai estar disponível e por quanto tempo, já que aceita as corridas se quiser.

Não há uma estimativa de ganhos no Recife, mas, para São Paulo, o site dos parceiros daquele Estado mostra uma simulação em que sete a nove horas por dia e boa avaliação dos clientes podem render cerca de R$ 4.300 por mês, já descontada a comissão da Uber. Vale lembrar que esses valores são para São Paulo e cada Estado tem suas tarifas. No Recife, por exemplo, os preços para as corridas são R$ 2,50 como valor-base (cobrado em toda corrida), R$ 1,15 por quilômetro mais R$ 0,17 por segundo. No entanto, o valor mínimo para uma corrida é de R$ 6. A tabela vale para o preço regular, mas a Uber trabalha também com “Preços Dinâmicos”, que aumenta os valores para situações de alta demanda, como o Carnaval, por exemplo. (Jornal do Commercio)