Frequentador de sebos, sempre em busca de raridades, Jô Soares uma vez deparou-se com um livro de sua própria autoria. Até aí tudo bem, não estivesse o livro com sua dedicatória e assinatura para um querido amigo. Jô comprou o exemplar e mandou-o de volta ao amigo, que por sua vez se evaporou com receio de ter que dar explicações.
Jô confirma tudo, menos o fato de ter mandado devolver. Afirma que o guardou em suas estantes para não humilhar o amigo.
Dona Mercedes, mãe de Jô, morreu atropelada no Rio quando ele tinha 30 anos.
Dez anos mais tarde, o apresentador vai tomar um táxi no aeroporto e, no trajeto, percebeu o motorista chorando. Diminuíram a marcha e pararam. O taxista disse que havia sido ele que atropelara dona Mercedes e que não conseguia dormir fazia uma década, precisava do perdão de Jô. Claro que Jô o perdoou, até porque ele não tivera nenhuma culpa no acidente.
Jô Soares liquidou assim a indagação de um repórter:
-Prá você, Jô, quem é bom de cama?
-O meu marceneiro.
(João Alberto)