Por: Taísa Medeiros – Correio Braziliense – O ex-ministro da Justiça Anderson Torres — que teve minuta de um decreto para instaurar Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encontrada em sua casa pela Polícia Federal (PF) — foi às redes sociais para se defender, ontem (12). Ele disse que o documento foi “vazado fora de contexto” e que respeita a democracia brasileira.
Segundo apuração da Folha de S.Paulo, o documento estava em um armário de Torres, e foi encontrado pela PF durante busca e apreensão na última terça-feira (10).
“Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim”, escreveu o ex-ministro.
“Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como Ministro”, seguiu Torres.
Bolsonaro defendeu, durante sua gestão, a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições, além de questionar inúmeras vezes a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. O ex-ministro de Bolsonaro ainda era o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no domingo (8), quando terroristas depredaram os prédios dos Três Poderes.
A prisão do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Torres afirmou, na terça-feira, que vai interromper as férias com a família nos Estados Unidos e se entregar à Justiça.