O presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Adalberto de Oliveira Melo, informou nesta quinta-feira (15) a suspensão dos estudos para a desativação de comarcas no interior do Estado. A informação veio em resposta a um ofício enviado pelo presidente da OAB-PE, Bruno Baptista, que questionou a presidência do TJPE sobre fechamento de unidades judiciárias.
Adalberto Melo registrou que a suspensão dos estudos se deveu a “diversas reivindicações administrativas e políticas” e em função da importância da presença de um magistrado no interior “para pacificar a ordem social” em cidades onde até agências bancárias foram fechadas.
“A OAB-PE sempre se posicionou contra essa medida. Já temos um déficit de magistrados no interior, caso essa medida viesse a ser implantada a situação só se agravaria. Merece elogios a decisão do presidente do tribunal por observar a importância da presença de um juiz nas comarcas, não só para a advocacia do interior, mas, principalmente, para a população dessas cidades”, afirmou Bruno Baptista.
O fechamento das comarcas é uma medida prevista pela resolução nº 184/2013 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no artigo 9º, que indica a extinção, transformação ou transferência de unidades judiciárias que tenham “distribuição processual inferior a 50% da média de casos novos por magistrado do respectivo tribunal, no último triênio”. O TJPE não havia formalizado o número de comarcas que poderiam ser encerradas.
Ao tomar conhecimento desse estudo, ainda no início da gestão, Bruno Baptista manteve diálogo com o TJPE para tratar do tema. O eventual fechamento de comarcas também foi pauta de conversas e reuniões com vários presidentes de subsecções, preocupados com os eventuais impactos da medida na prestação jurisdicional no interior do Estado. (Blog da Folha)