O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou na manhã deste domingo (5) para o Rio Grande do Sul com uma comitiva de representantes dos três poderes. Em Porto Alegre, o grupo se reunirá com autoridades locais para discutir as ações de resposta à tragédia causada pelas fortes chuvas e enchentes que atingem a região.
Lula decolou da base aérea de Brasília acompanhado da primeira-dama, Janja Lula da Silva, de 13 ministros e dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O ministro Luiz Edson Fachin, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), também está na comitiva.
A comitiva federal tem previsão de se reunir com o governador Eduardo Leite (PSDB). Os ministros Paulo Pimenta (Secom) e Waldez Goés (Integração Regional) já estão na capital gaúcha.
Segundo a assessoria da Presidência, 18 autoridades embarcaram com Lula:
- Rodrigo Pacheco, presidente do Senado
- Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados
- Rui Costa, ministro da Casa Civil
- Jose Múcio, ministro da Defesa
- Fernando Haddad, ministro da Fazenda
- Renan Filho, ministro dos Transportes
- Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos
- Camilo Santana, ministro da Educação
- Nísia Trindade, ministra da Saúde
- Luiz Marinho, ministro do Trabalho
- Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
- Marina Silva, ministra do Meio Ambiente
- Jader Filho, ministro das Cidades
- Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência
- Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais
- Edson Fachin, ministro do STF
- General Tomás Ribeiro Paiva, comandante do Exército
- Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU)
RS registra 55 mortes até sábado
Até a noite do sábado (4), a Defesa Civil do RS registrava 55 mortes em razão das enchentes. Além disso, mais de 82 mil pessoas estavam fora de suas casas – desalojadas ou desabrigadas – e cerca de 350 mil estavam sem energia elétrica.
Lula foi ao estado na quinta-feira (2) e se reuniu com Leite. No encontro, na cidade de Santa Maria, o presidente disse que não faltarão recursos nem esforços do governo federal para ajudar a população atingida pelas chuvas.
O governo gaúcho declarou estado de calamidade, reconhecido pelo governo federal, que criou um escritório para monitorar as ações no estado.
O Rio Grande do Sul enfrenta o quarto desastre climático em menos de um ano. Em 2023, três eventos ocorreram em junho, setembro e novembro, deixando, somados, 75 mortos.
No momento, após mais de uma semana de chuvas, o esforço de resgate está concentrado em Porto Alegre e na região metropolitana, nas cidades de Eldorado do Sul, Canoas e Guaíba.
Em Porto Alegre, o Guaíba transbordou e avançou sobre ruas e avenidas. A estação rodoviária da cidade foi inundada e as viagens foram suspensas. Já o Aeroporto Salgado Filho foi fechado “devido ao elevado volume de chuvas”.
O nível do Guaíba superou 5 metros de altura, acima da marca de 4,76m registrada na enchente histórica de 1941. As informações são do G1.