Durante sessão plenária da Cúpula do G20, o presidente Michel Temer pediu ontem (1º) esforços coletivos e atuação aberta e integrada para o enfrentamento de temas como transição energética, segurança alimentar e infraestrutura de qualidade. Neste último caso, segundo ele, financiamento é a palavra-chave, ainda que os países estejam diante do que o líder brasileiro chamou de paradoxo.
Dados do próprio G20, de acordo com o presidente, indicam que o grupo precisa de cerca de US$ 15 trilhões adicionais, até 2040, para sanar déficits de infraestrutura em escala global. Em seu discurso na 3ª sessão plenária do encontro, Temer disse ser evidente que o volume é bastante expressivo, mas garantiu que o dinheiro existe.
“Estão disponíveis no mundo, segundo estudos, os mais variados, US$ 120 trilhões que poderiam financiar projetos de infraestrutura, inclusive em mercados emergentes. Nosso verdadeiro objetivo deve ser romper com esse paradoxo. Temos que fazer o dinheiro chegar aonde ele é necessário”, destacou.
Para isso, segundo Temer, há que se garantir, em primeiro lugar, modelos de governança transparentes e previsíveis, com “regras estáveis e racionais”, além de reforçar a segurança jurídica e tornar o ambiente mais propício para quem quer investir e aprimorar mecanismos internacionais de cooperação e financiamento.
“Neste particular, o G20 tem dado importante contribuição”, disse, ao citar, como exemplo, a conversão de projetos em títulos comercializáveis, com o objetivo de criar nova classe de ativos financeiros vinculados à infraestrutura. A iniciativa, de acordo com o presidente, conta com o engajamento de membros do grupo, bancos multilaterais de desenvolvimento, organizações internacionais e do setor privado.
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