A reforma da Previdência deve ser alterada ao passar pelo Congresso Nacional, hoje o “senhor absoluto” da matéria, admitiu o presidente Michel Temer ontem (17), em reunião com empresários na sede da CNI (Confederação Nacional da Indústria). O ideal seria preservar a “espinha dorsal” do projeto formulado pelo Executivo -que já acumula 146 emendas na passagem pela Câmara. Mas adaptações já são previstas no horizonte, como “adequações talvez sobre os mais carentes”.
Temer questionou as motivações dos que se manifestam contra a proposta. “Vejo com frequência que há movimentos de protesto que são de natureza política”, disse dois dias após setores de esquerda levarem dezenas de milhares às ruas para protestar contra a mudança nas regras da aposentadoria.
Ao lembrar da crise previdenciária nos Estados, o presidente disse que o governo federal só irá ao socorro deles se houver contrapartida, para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Caso contrário, a fatura pode chegar, disse. “Se eu piscar, vira logo um pedido de impeachment contra o presidente da República.”
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