O vice-presidente Michel Temer está rouco. Fato normal para quem deixou há poucos dias uma rotina de dois meses de campanha eleitoral. Na semana passada, usou seu outro chapéu, presidente do PMDB, e isso o obrigou a gastar ainda mais a voz. Num jantar, ele reuniu 202 integrantes do partido no Palácio do Jaburu. No dia seguinte, Temer se reuniu com o conselho do PMDB e novamente não poupou a garganta.
Conversou longamente com o deputado Eduardo Cunha, que se lançou candidato à presidência da Câmara. Adversário do governo, Cunha é uma tarefa para Temer. “O partido é muito inquieto”, diz Temer. “O importante é dialogar. É o que mais faço.”
ÉPOCA – Há um bloco de parlamentares em formação para apoiá-lo (Eduardo Cunha).
Temer – É o que me dizem também. Falando como presidente do PMDB, ele tem de ser um candidato que revele a independência do Poder Legislativo; mas, ao mesmo tempo, que não seja de oposição prévia ao governo federal. A Constituição, embora as pessoas falem muito em independência, determina que os poderes sejam independentes e harmônicos entre si. Essa harmonia, temos de recuperar.
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Época – Leandro Loyola e Flávia Tavares