O Supremo Tribunal Federal (STF) vai investigar a participação dos deputados federais diplomados Clarissa Tércio (PP-PE), André Fernandes (PL-CE) e Silvia Waiãpi (PL-AP), que teriam incitado os atos golpistas do dia 8 de dezembro, que resultaram na depredação das sedes dos três Poderes.
De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, foram instaurados seis novos inquéritos para investigar os os atos, três deles referem-se aos parlamentares. Os pedidos haviam sido protocolados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), no dia 12 de janeiro, por meio do subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR.
Segundo informações publicadas pela Folha de S. Paulo, Carlos Frederico justificou que seria necessária a divisão da investigação para agilizar as apurações e a apresentação de denúncias nos casos em que ficarem comprovadas as práticas de crimes pelos suspeitos. Os supostos crimes são de: terrorismo, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.
No caso referente a deputada pernambucana Clarissa Tercio, uma das principais apoiadoras do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Estado, a deputada divulgou no Instagram um vídeo da invasão ao Congresso Nacional: “Acabamos de tomar o poder. Estamos dentro do Congresso. Todo povo está aqui em cima. Isso vai ficar para a história, a história dos meus netos, dos meus bisnetos.”
Ela também chegou a fazer um breve comentário sobre o pedido de investigação da PGR. Em suas redes, Clarissa publicou: “Postar um vídeo pedindo oração pelo meu País é considerado incitação a atos de terrorismo? Se for, esse é meu crime!”, disse.