Por Juliana Albuquerque /Blog Magno Martins – O auditório Ênio Guerra da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) deve ficar pequeno, amanhã, a partir das 10h30. É quando representantes da rede credenciada do Sassepe prometem comparecer em peso na audiência pública convocada pelo deputado e presidente da Comissão de Administração Pública da Alepe, Joaquim Lira, para debater com os parlamentares a proposta apresentada pelo Governo de Pernambuco para quitar a dívida pelos serviços prestados.
Considerada uma grave ameaça à manutenção das atividades das empresas conveniadas, a proposta levada à mesa de negociação pelo Governo visa pagar os débitos em atraso, cerca de R$280 milhões, com deságio de 40% e dividido em 24 meses sem juros. E o pior, quem não concordar com o desconto percentual nem com o parcelamento do dívida, caberá recorrer à Justiça para receber.
“Temos que nos fazer presentes em massa, enchendo a sala da audiência pública, os corredores da Alepe, ordeiramente, para mostrarmos nossa força e nossa preocupação com esta grave ameaça que é a proposta do Sassepe”, afirma comunicado que circula entre os grupos da classe médica de Pernambuco nesta segunda.
Em conversa com o Blog, na última semana, a direção do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Estado de Pernambuco (Sindhospe) afirmou que é preciso buscar uma solução conciliatória ou será instaurado um caos na saúde do servidor do estado.
“Se contarmos esses 40% que o governo quer tirar com os 20% da emissão das notas fiscais, o que sobra, sem as devidas correções e ainda dividido em 24 meses, não cobre os custos que já tivemos e o que vamos continuar a ter se mantivermos o credenciamento com o Sassepe”, afirmou, na ocasião, o Sindhospe.
Ainda de acordo com o informado pelo Sindhospe, a categoria também vai cobrar na audiência pública uma solução definitiva do governo para promover a sustentabilidade financeira das prestadoras de serviço.
“Havia sido prometido que o grupo de trabalho instituído pelo governo criaria um modelo de nova gestão, mas esse modelo não foi apresentado junto com a proposta de pagamento”, destaca a direção do sindicato, que reforça o desejo de todos para que uma solução seja apresentada amanhã.