Siqueira: Paulo Câmara não precisará de intermediário…

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O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse acreditar que o governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), não precisará de nenhum intermediário, “nem de dentro do partido nem de fora dele”, para tratar de assuntos do interesse do Estado com a presidente Dilma Rousseff (PT). Na visão do dirigente socialista, é natural que o futuro gestor seja recebido, mesmo que esteja numa posição de oposição ao Governo Federal.

Siqueira lembrou que o PSB conta com seis senadores, 35 deputados federais e 13 senadores para respaldar sua defesa e lembrou que alguns gestores já tiveram acesso a Dilma. Cotado para ministro de Relações Institucionais, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, foi visto como uma via de se chegar à presidente. No entanto, a possibilidade de tê-lo como intermediário foi descartada.

“Eu imagino que nós não precisamos de nenhum intermediário para chegar à presidente da República. Os 13 governadores devem ter, por uma razão inclusive republicana, acesso à presidente quando for necessário. E alguns até já tiveram. Então, não consigo ver o PSB precisando ter um intermediário de um outro partido para poder chegar, conversar ou tratar de assuntos do interesse de seus respectivos estados ou do interesse do próprio País com a presidente. Penso que isso é da natureza das direções partidárias e dos próprios governadores”, afirmou o socialista, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7.

Ao ser questionado, então, se seria preciso um intermediário de dentro do próprio partido, Siqueira foi enfático ao afirmar que não vê que para conversar com a petista seja necessário intermediário, “quem quer que seja”.

“Se precisa conversar com a presidente da República, deve se dirigir a ela, ao seu gabinete e pedir uma audiência. E é natural que seja recebido mesmo um governador de oposição, que não sei se será o caso, porque o PSB não decidiu sua posição, vai decidir na quinta-feira (27). Eu acho que o governador é uma autoridade que frequentemente precisa tratar dos assuntos de interesse do seu Estado num Estado Federativo como é o nosso, o Brasil, dos interesses do seu Estado”, continuou. (Folha de PE)