A candidata à Presidência da República pelo MDB, senadora Simone Tebet, disse que se “consolidou” como “candidata da terceira via”. Afirmou também que sua candidatura resulta da sua “persistência” e “resiliência”, referindo-se à rejeição ao seu nome enfrentada junto a políticos do seu próprio partido, como os senadores Renan Calheiros (AL) e Marcelo Castro (PI), que defendem apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno.
“Já estou consolidada. Sou candidata da terceira via”, afirmou Simone Tebet, ao responder pergunta do Estado de Minas, nesta segunda-feira (12), em visita a Montes Claros (413,34 mil habitantes, sexta cidade mais populosa do estado), no Norte de Minas, onde fez uma caminhada centro comercial e participou de uma rápida reunião com apoiadores.
Durante a visita, a senadora tentou se colocar como a candidata que pode romper a polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula, que lideram as pesquisas de opinião. Mas, tanto durante entrevista à imprensa quanto no discurso para apoiadores, em nenhum momento citou nominalmente o atual presidente da República e o ex-presidente petista.
Ela também “comemorou” o seu “crescimento” nas pesquisas. Disse que, em “uma semana, subiu 150%”, pulando de “2% para 7%”, sem especificar a qual levantamento estava se referindo.
Ao se referir à “insegurança jurídica”, Simone Tebet, indiretamente, alfinetou o Supremo Tribunal Federal (STF). Isso porque o STF recebeu críticas, feitas, principalmente, de alas bolsonaristas e defensores do ex-juiz Sérgio Moro, por decisões da Suprema Corte em relação às condenações do ex-presidente Luiz Inácio da Silva anuladas pelos seus ministros.
Na visita a Montes Claros, Simone Tebet foi acompanhada pelo presidente nacional do Cidadania, ex-senador Roberto Freire. E enfrentou uma situação de contraste: o prefeito da cidade, Humberto Souto é filiado ao Cidadania e tem uma gestão bem avaliada. Mas Souto apoia a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).