Às vezes fico me perguntando por que é tão difícil ser transparente. Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros, mas ser transparente é muito mais do que isso. É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que agente sente.
Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair as “máscaras” e baixar as armas. Destruir os imensos e grossos muros que insistimos tanto em nos empenhar para levantar. Ser transparente é permitir que toda nossa doçura aflore, desabroche, transborde, mas, infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco. Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana. Preferimos o “nó na garganta” às lágrimas que brotam do mais profundo do nosso ser. Preferimos nos perder numa busca insanas por respostas imediatas a simplesmente nos entregar diante de Deus e admitir que não sabemos que temos medo.
Por mais dolorosa que seja destruir uma “máscara” que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos e até do nosso Deus Preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção. E assim, vamos nos afogando mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos. Não porque sejamos pessoas mentirosas, mas como folhas secas nos perdemos em nós mesmo e já não sabemos onde está nossa brandura, nosso amor mais intenso e não contaminado…
Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar com os irmãos… Doçura, Compaixão, Compreensão…
De que todos nós sofremos e às vezes nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir, num silêncio que nos remete à saudade de “nós mesmos”… Daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem de mostrar àqueles que mais amamos! Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor revidar. Descontar, agredir, acusar, criticar e julgar do que, simplesmente, dizer: “você está me machucando, pode parar, por favor!”. Porque aprendemos que dizer isto é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro… Quando, na verdade, se agíssemos deixando que a nossa razão ouvisse também o nosso coração, poderíamos evitar tanta dor… tanta dor!
“Não devemos ter medo dos confrontos, mas sugiro que deixemos explodir toda a nossa doçura!”. Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada; não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencíveis… Que consigamos tentar não controlar tanto, responder tanto, competir tanto… Mas confiar na Graça do Senhor Jesus Cristo, que nos basta…
Continua…
“Ame, simplesmente, ame!”
A beleza sem amor nos faz fúteis. A autoridade sem amor nos faz tiranos.
A Inteligência sem amor, nos faz perversos. A Justiça sem amor, nos faz implacáveis.
A Diplomacia sem amor, nos faz hipócritas. O êxito sem amor, nos faz arrogantes.
A Riqueza sem amor nos faz avaro… A pobreza sem amor nos faz orgulhosos.
O trabalho sem amor nos faz escravo.
A simplicidade sem amor nos deprecia.
A Lei sem amor nos oprime.
A política sem amor nos deixa egoísta.
A Fé sem amor nos deixa fanáticos.
A Cruz sem amor se converte em tortura
E, quando algumas vezes, NÃO encontramos as palavras adequadas para expressar o que sentimos; seja por timidez ou porque os sentimentos nos avassalam; nesses casos podemos contar com o idioma dos abraços…
A vida sem amor… Não tem qualquer sentido!
“Lembrando que “a vida é tão curta e a tarefa de vivê-la é tão difícil que quando começamos a aprendê-la já é hora de partir…” sigamos na certeza de que… TUDO PASSA…
Que consigamos docemente viver, sentir… Amar… Ser transparentes! …
Certo de que esse momento que você vive, seja ele de muita alegria ou de dor… Vai Passar!
E você deverá seguir em frente, sem olhar para trás, rumo à eternidade, sempre transparente, porque tudo passa, mas você é quem tem de viver! (Blog Pádua Campos)