No comando da campanha do presidenciável Ciro Gomes, já se espera que ele desembarque em Pernambuco em breve. A nova visita ao Estado seria um aceno ao senador Armando Monteiro Neto e poderia resultar num ato no qual o pedetista receberia apoio do candidato ao Governo do Estado pelo coligação Pernambuco Vai Mudar. Entre os integrantes do palanque do petebista, a declaração de voto em Ciro é vista como “o mais provável”. A aliança de Armando conta com partidos de dois candidatos à Presidência da República: Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL). Pessoas próximas, no entanto, grifam que o tucano não tem relação estreita com o Nordeste e que essa variável já foi citada por Armando em suas declarações.
O nome de Marina Silva também teria sido alvo de debate, mas o fato de ela vir “desidratando” nas pesquisas passou a pesar negativamente. “Há uma migração do voto útil para Ciro”, observa um aliado de Armando em reserva, em sinal de que as perspectivas que as pesquisas apresentam para Ciro podem ser determinantes. Armando Monteiro sempre deixou claro ter compromisso de votar no ex-presidente Lula, mas, em paralelo, grifou, por várias vezes, que isso não se estenderia a Fernando Haddad e ao PT. Armando tem relação próxima com o presidente estadual do PDT, Wolney Queiroz, o que poderia catalisar o processo de apoio a Ciro, ainda que o PDT esteja no palanque de Maurício Rands. O partido segue integrando a gestão estadual, o que não deixa de ser um aceno do governador Paulo Câmara aos pedetistas. Nacionalmente, no entanto, a relação entre PSB e PDT saiu arranhada, o que pode ainda colaborar para aproximar Armando e Ciro. (Renata Bezerra de Melo)