Carol Brito/Folha de Pernambuco
No Senado, a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que permite a volta das coligações parece cada vez mais distante. Mais uma semana passou e o projeto continua enfrentando a resistência dos parlamentares. Nos bastidores, parlamentares apontam que a maioria das legendas do Estado deve acabar não lançando chapas proporcionais para as disputas na Assembleia Legislativa e Câmara Federal, caso a proposta não passe. Nas contas dos legisladores, o quociente eleitoral deve ficar entre 90 mil votos para estadual e 150 mil para federal. Com um patamar tão alto, a tendência é uma migração em massa de pré-candidatos para legendas maiores e com chapas mais atrativas.
A tendência é que apenas seis ou oito legendas consigam formar projetos competitivos e aptos para disputar as eleições. O PSB – com uma bancada forte nas duas Casas e com o comando do Governo do Estado e Prefeitura do Recife – deverá ser um imã de lideranças da Frente Popular. Na oposição, a avaliação é que a legenda que tiver um candidato forte para Governo do Estado terá mais chances de atrair uma chapa forte para seus partidos. Seja qual for a estratégia, a avaliação no momento é que qualquer acordo político somente será fechado após o dia 2 de outubro, quando não poderá ser feita mais nenhuma mudança na legislação eleitoral e as regras do jogo já estarão definidas.