Com a decisão do PT de lançar candidato próprio ao governo estadual, o segundo turno volta a ser possível em Pernambuco. Não haverá essa possibilidade se a disputa ficar restrita entre o governador Paulo Câmara e o senador Armando Monteiro, provável candidato por uma frente de Oposição. O mais votado seria o eleito e o pleito se encerraria em 6 de outubro, já que não há segundo turno para senador nem para os candidatos proporcionais. O PT constituiu uma comissão de cinco membros, entre eles o ex-prefeito João da Costa, para conduzir o processo de escolha do seu candidato, a ser anunciado dia 12 de maio, que deverá ser a vereadora Marília Arraes, que tem maior densidade que Odacy Amorim e José de Oliveira.
Aguarda-se agora a definição do candidato da frente liderada pelo PTB, que estava marcada para amanhã mas foi adiada para maio por questão de tática eleitoral. Ou seja, esses partidos imaginam que a Frente Popular terá dificuldades para montar sua chapa majoritária não por falta de pretendentes e sim por excesso. E vai aguardar primeiro o anúncio da chapa dos adversários. O PT tem uma estrutura frágil em Pernambuco e por isso não se deve esperar muito da vereadora. Mas ela conta com dois trunfos que se forem bem explorados na campanha poderão conduzi-la a um bom lugar: o parentesco com Arraes, que é um mito no Estado, e o apoio de Lula. (Por Inaldo Sampaio)