Agência Estado – A cúpula do PT procura um nome com perfil político para ocupar o Ministério da Economia em um eventual governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia é buscar alguém que tenha bom trânsito no Congresso, para facilitar as mudanças que Lula pretende fazer caso seja eleito, como eliminar o teto de gastos públicos e revisar a reforma trabalhista aprovada no governo de Michel Temer (MDB).
O desmembramento do Ministério da Economia também faz parte de planos em estudo pela coordenação da pré-campanha petista. Uma das propostas prevê recriar pastas que hoje estão sob o guarda-chuva do superministério comandado por Paulo Guedes, como Planejamento, Indústria e Comércio Exterior.
Quando ocupou o Palácio do Planalto, Lula tinha ingerência sobre a política econômica e ampliou o número de cadeiras na Esplanada para acomodar os aliados. Se voltar ao poder, o ex-presidente pretende ser responsável pela condução da economia. “Eu não terei nenhum porta voz”, diz.
Em seu primeiro mandato (2003-2006), Lula anunciou 34 ministros e secretários especiais, incluindo Ciro Gomes na Integração Nacional. Ciro é hoje pré-candidato à Presidência pelo PDT e ferrenho adversário. No segundo mandato (2007-2010), o número de pastas chegou a 36.
O presidente Jair Bolsonaro montou um governo com 22 titulares, mas acabou cedendo cargos ao Centrão em estatais e relançou o Ministério do Trabalho e da Previdência, que também estava sob a alçada de Guedes. Promoveu uma dança das cadeiras em troca de apoio. Hoje, a equipe de Bolsonaro tem 23 ministros.
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