Via Estadão
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu, ontem, que poderá disputar a sucessão de Michel Temer caso obtenha números mais elevados nos levantamentos sobre intenção de voto. “Hoje não, eu tenho 1% nas pesquisas. No dia em que eu tiver 7%, as coisas melhoram muito”, declarou, em resposta à pergunta sobre sua eventual candidatura. Em evento no Brazil Institute do Wilson Center, em Washington, Maia defendeu uma agenda de reformas que leve à reestruturação e ao equilíbrio fiscal do Estado brasileiro, o que abriria caminho para a criação de programas sociais sustentáveis.
Maia afirmou que o Bolsa Família não é um “bom programa social”, por não ter mecanismos que permitam a independência de seus beneficiários. “Criar um programa para escravizar as pessoas não é um bom programa social. O programa bom é onde você inclui a pessoa e dá condições para que ela volte à sociedade e possa, com suas próprias pernas, conseguir um emprego”, disse o parlamentar.
Para ele, o Bolsa Família gera “dependência”. “Essa dependência atrela as pessoas ao Estado.” O deputado defendeu mudanças que criem obrigações em relação à saúde, educação e saneamento, que levariam as pessoas a serem “estimuladas a sair do programa”.
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