De Marisa Gibson, na coluna DIÁRIO POLÍTICO no DP desde sábado
A escolha da deputada federal Teresa Cristina (DEM/MS) para o Ministério da Agricultura foi, até agora, a mais significativa dentro dos critérios adotados por Jair Bolsonaro (PSL) para formar sua equipe. A opção não foi por ser uma mulher e muito menos por ela ser do DEM. O que pesou foi o fato de Teresa Cristina ser uma autêntica representante do agronegócio, setor que sustenta o PIB nacional, que tem a bancada mais organizada do Congresso e da qual Bolsonaro não abre mão de seu apoio.
Mas a alternativa Teresa Cristina, junto com Onix Lorenzoni, também do DEM, para a chefia da Casa Civil, praticamente enterrou as últimas esperanças de o pernambucano Mendonça Filho (DEM), ser convocado para Educação.
E assim, o estado de Pernambuco continua zerado no ministério. Agora, seja qual for o formato das composições, está provado que, numericamente, o peso dos ministérios para os estados favorecidos é muito relativo. No Governo Temer, Pernambuco teve quatro ministros, mas os frutos ficaram muito difusos. Tão dispersos que, dois deles, Mendonça Filho (DEM), ex-ministro da Educação, e Bruno Araújo (PSDB) ex-ministro das Cidades, sequer foram eleitos senadores.
Bem, há avaliações de que um estado só sai ganhando com mais de um representante na Esplanada dos Ministérios, quando há uma disputa entre os ministros para ver quem faz mais.
No Governo Lula, Humberto Costa (Saúde) e Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia) contaram com a boa vontade do ex-presidente petista em relação ao estado, enquanto Temer manteve um distanciamento. E pode ser que o Governo Bolsonaro considere o deputado federal Luciano Bivar, presidente nacional do PSL, partido do presidente eleito, o bastante para Pernambuco.