Diário de Pernambuco
Um dos mais midiáticos cabos eleitorais dos evangélicos, o pastor Silas Malafaia está animado com as chances de seus escolhidos nas urnas. “É a coisa mais fácil do mundo: é só usar as redes sociais. É o que vai mandar nessa eleição”, diz o pastor, que ficou famoso com aparições na TV, mas hoje investe pesado na seara digital, com dois milhões de seguidores no Facebook e 1,3 milhão no Twitter. “É só você falar nos três anos anteriores o que você pensa. Eu venho fazendo isso há tempos. Aqui todo mundo já sabe quem representa o Malafaia”, diz o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
Ele sabe do que está falando. Em 2014, Malafaia, que tem um irmão deputado estadual no Rio e um membro de sua igreja como vereador carioca, elegeu para a Câmara dos Deputados Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), fiel da Vitória em Cristo. Com o aliado, o pastor, que já era cabo eleitoral de aspirantes a político País afora, aumentou seu poder de influência e uniu-se a um grupo de líderes evangélicos com representação no Congresso por meio de membros de suas igrejas. É o caso de Edir Macedo (Universal), Manoel Ferreira (Assembleia de Deus Madureira), R.R. Soares (Internacional da Graça de Deus), Valdemiro Santiago (Mundial do Poder de Deus), José Wellington Bezerra da Costa (Assembleia de Deus Belém), Mário de Oliveira (Igreja do Evangelho Quadrangular).
A seu favor neste ano, eles contam com o desgaste da classe política – a Lava Jato atingiu políticos evangélicos, mas, diferentemente de outros casos, o grupo não ficou no centro do escândalo – e com o apelo de valores conservadores em segmentos da população. Para congressistas e pesquisadores, em uma campanha de curta duração e sem dinheiro de empresas, quem já tem “base eleitoral” sairá na frente – caso dos evangélicos.
Continua…