O presidente Jair Bolsonaro esteve pessoalmente na Câmara dos Deputados para entregar aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Rodrigo Maia, o texto da reforma da Previdência que tramitará a partir de então no Congresso Nacional. Pelo projeto inicial, a economia dos cofres públicos será de R$ 1,1 trilhão pelos próximos dez anos, de acordo com estimativas do ministro da Economia, Paulo Guedes.
A proposta ousada do governo federal certamente receberá modificações que diminuirão a estimativa de economia dos cofres públicos, mas apesar de não admitir publicamente, o governo já deve contabilizar uma diminuição desta estimativa que ainda assim garantirá uma folga ao governo no objetivo de recuperar a economia como um todo.
A aprovação da reforma, cuja previsão é até 15 de julho, terá um efeito bastante positivo para sinalizar o êxito do governo tanto na relação com o congresso como também com os agentes externos, como sociedade e investidores nacionais e estrangeiros.
Na hipótese de a reforma não ser aprovada, o que pode acontecer devido a fatores que independem da vontade do governo e do próprio congresso, o Planalto poderá ingressar numa crise sem precedentes, uma vez que sem reforma, a tendência é a taxa de juros subir e a situação do país que parecia caminhar para entrar nos eixos pode degringolar. A sorte está lançada. (Edmar Lyra)
