A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, incluiu e-mails entregues pelo empreiteiro e delator Marcelo Odebrecht no inquérito que investiga o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e seu filho, o governador de Alagoas Renan Filho, por corrupção e lavagem de dinheiro.
A informação foi divulgada com exclusividade pelo Blog de Andréia Sadi, da TV Globo, e confirmada pela reportagem do Estadão.
A troca de mensagens entre os executivos da empreiteira e da Brasken, braço petroquímico da Odebrecht, segundo Raquel, indica “atuação concertada” entre Renan e o senador Romero Jucá (MDB-RR) para a aprovação de medidas provisórias que previam a renovação de contratos de concessão de energia nos Estados do Nordeste.
As informações foram corroboradas pela delação de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, afirma a procuradora.
Para beneficiar o grupo, Jucá teria incluído emendas que beneficiariam a empreiteira na medida provisória. Mesmo assim, a emenda da MP 656 foi vetada pela então presidente Dilma Rousseff – veto mantido pelo Congresso.