Por Wellington Ribeiro – Faltando apenas uma semana para tomar posse, a futura governadora Raquel Lyra tem neste últimos dias antes do fechamento do ano a missão e desafio de montar a sua equipe do secretariado. O silêncio da ex-prefeita caruaruense quanto aos nomes que devem compor este primeiro escalão tem gerado um clima de ansiedade na classe política. Diferente da maioria dos que são eleitos governadores (as), Raquel Lyra não precisou recorrer a comum prática de obter apoios políticos por meio do loteamento dos espaços no Governo. Muito pelo contrário. Disputou uma eleição no 1º turno com um número diminuto de apoios, dos quais constavam apenas 8 prefeitos, 1 deputado federal e 1 estadual, além de poucas lideranças locais.
O resultado é que surpreendeu nas urnas e foi para o 2º turno com uma campanha que apontava para um favoritismo de êxito na disputa. Nesta segunda etapa acabou recebendo uma avalanche de apoios, dos quais grande parte sequer tiveram a oportunidade de conversar com ela para condicionar esta adesão à compromissos futuros, já que a candidata se encontrava em estado de luto pelo falecimento do esposo. Agora, chegada a hora de montar a sua equipe, Raquel se encontra em uma situação bastante confortável, sem amarras e poucos compromissos. No entanto, isto não a desobriga a montar seu secretariado sem ceder espaço a partidos e lideranças.
Pelos sinais que tem emitido e o sentimento de insatisfação e frustração notado em algumas lideranças que a acompanharam desde o 1º turno e entre algumas que ingressaram no seu palanque no 2º turno, Raquel sugere que vai privilegiar a nomeação de quadros mais técnicos e que a acompanham desde a sua passagem pela prefeitura de Caruaru. Além disso, tem resistido a conceder secretarias com porteiras fechadas para partidos ou lideranças.