Quilo do feijão chegará a R$ 5,62…

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“Pode faltar tudo, menos o feijão com arroz”. Essa frase comum dos brasileiros pode não ser mais exatamente assim, pelo menos para o feijão tipo carioca, que lidera o ranking da preferência nacional.

É que o excesso de chuvas na maior região produtora do País, o Centro-Sul, prejudicou (e muito) a safra da leguminosa. O resultado?

O alimento básico chegará ainda mais caro na mesa dos brasileiros, nos próximos meses, porque a oferta tende a ficar mais escassa. Segundo o Instituto Brasileiro do Feijão e Pluses (Ibrafe), de janeiro a março o aumento nacional chega a 40,42%.

Continua…

Para o Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa), no entanto, a elevação já bate a margem de 50%, se levarmos em consideração o preço médio de R$ 3 para o quilo.

E o cenário pode ficar ainda pior. Para o Ibrafe o novo aumento poderá ser de 25%, o que elevaria o valor médio atual de R$ 4,50 para R$ 5,62, a cada quilo comercializado do produto.

O Ibrafe estima que o déficit atual seja de oito milhões de sacas. “O Brasil poderia importar o feijão preto ou rajado, mas o Governo cobra uma taxa de 10%”, diz o presidente do Instituto, Marcelo Lüders.

Como o Brasil é o único País a produzir essa variedade, não há o que fazer senão esperar a estabilização da cultura e do clima, o que não deve acontecer tão cedo.

Os fenômenos El Niño e La Niña vêm e vão interferir na safra dos estados. Por causa do primeiro, há seca no Nordeste e as fortes chuvas no Centro-Sul foram atenuadas. No outro, acontecerá o inverso. O Centro-Sul sofre com a falta de chuva, enquanto o Nordeste fica com o excesso de água. Isso prejudica e muito as plantações. (Folha de Pernambuco)