O ex-presidente Lula está tão absoluto no Nordeste, como candidato (que não será) a presidente da República, que alguns conselheiros de Alckmin afirmam que ele não deveria perder tempo com esta região, e sim centrar suas energias no Sul e no Sudeste, cujos eleitores têm mais inclinação pelo PSDB. O PT tem três governadores nesta região e todos estão bem posicionados para a reeleição: Camilo Santana (CE), Rui Costa (BA) e Wellington Dias (PI). Mas não tem candidatos competitivos no Sul e no Sudeste, salvo o governador de Minas, Fernando Pimentel, que vai travar uma batalha dura com o tucano Antonio Anastasia.
Esperava-se crescimento de Alckmin nas últimas pesquisas depois que ele marcou dois tentos importantes na semana passada: obteve o apoio do “Centrão” e conseguiu convencer a senadora Ana Amélia (RS) a ser sua vice. No entanto, ele continua perdendo para Bolsonaro em seu próprio Estado, São Paulo, o que politicamente é preocupante. Bem verdade que a campanha de TV ainda não teve início, e que o tucano ainda tem chance de assumir a dianteira em seu Estado. Mas tem que ter cuidado com Bolsonaro para não ficar fora do segundo turno, cujas vagas deverão serão disputadas por cinco dos 13 candidatos: o próprio Alckmin (PSDB), Fernando Haddad (PT), Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT). (Inaldo Sampaio)