A disputa presidencial está ficando cada vez mais próxima com uma consolidação dos números de Jair Bolsonaro nas pesquisas e um elevado grau de incerteza quanto aos demais nomes. O presidente Michel Temer, por exemplo, segue sonhando em ser candidato, mas não vê nenhum indicativo de crescimento da sua eventual candidatura, o que naturalmente o deixa fragilizado para a disputa.
O ex-presidente e agora presidiário Lula não preparou ninguém para sucedê-lo e segue sem definir o nome que representará o PT nas urnas. Essa incerteza faz de Fernando Haddad, Jaques Wagner e quem vier a substituí-lo um candidato difícil de se viabilizar num período tão curto, deixando o PT mais distante do Planalto a cada dia.
Geraldo Alckmin foi apresentado como pré-candidato do PSDB mas além de patinar nas pesquisas, passou a ser alvo da Justiça e de escândalos de corrupção envolvendo seu nome, o que naturalmente o deixa numa situação bastante constrangedora. A prova de que o PSDB não confia na viabilidade de Alckmin é o fato de estarem cogitando a possibilidade de João Doria ser o candidato do partido ao Planalto.
Jair Bolsonaro por sua vez está sendo um candidato mais comedido nas palavras, o que ajuda a manter o eleitor que já conquistou e permite a conquista de novos eleitores que estão saturados com os escândalos envolvendo nomes do MDB, PT e PSDB. Ele está fazendo o dever de casa corretamente e ganha a simpatia de todas as classes sociais. Se continuar desse jeito, o deputado vai caminhar a passos largos rumo ao segundo turno. Evidentemente que ainda é cedo para afirmar que Bolsonaro estará no segundo turno ou até mesmo que ganhará as eleições, mas já dá pra reconhecer que ele é uma realidade na disputa presidencial.