Quadro da sucessão estadual começa a cristalizar 

Por Edmar Lyra – O ano de 2022 ficará marcado pela hegemonia de dezesseis anos do PSB iniciada no já distante ano de 2006, de lá pra cá foram quatro vitórias socialistas para o Palácio do Campo das Princesas e as últimas três disputas pela prefeitura do Recife foram vencidas por candidatos socialistas.
Caberá ao deputado federal Danilo Cabral a incumbência de manter a hegemonia do PSB em Pernambuco como candidato a governador, ele contará com o apoio do PT, do ex-presidente Lula, do governador Paulo Câmara, do prefeito João Campos e de diversos partidos da Frente Popular, ainda falta definir os demais cargos da chapa majoritária, mas ao que tudo indica o PT ficará com a vice ou o Senado e a outra vaga será destinada a uma legenda mais ao centro que integra Frente Popular, como PSD, PP, PDT ou Republicanos.
A segunda chapa praticamente definida é a que terá a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), e o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), ficando Raquel como candidata a governadora e Anderson candidato a senador. A terceira chapa que deverá ser oficializada é a do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil), que conta com o apoio do Podemos, e por fim o ministro do Turismo, Gilson Machado (PSC) deverá ser o candidato de Jair Bolsonaro em Pernambuco a governador, podendo este ter o apoio do PTB estadual, que deverá indicar o senador.
Ainda existem partidos como PDT e MDB que, apesar de integrarem a Frente Popular, poderão, pela conjuntura nacional, apoiar outro projeto, que pode ser o de Miguel Coelho, mas dificilmente estes dois partidos terão candidaturas próprias a governador. Com o desenho do quadro que se estabelece, a Frente Popular, que esteve dividida em 2020 no Recife em duas candidaturas, estará unida em torno de Danilo Cabral, enquanto os partidos de oposição permanecerão fragmentados na disputa deste ano.