O PT ainda não tem em Brasília uma convicção firmada de que o melhor para o partido no Recife é continuar abraçado ao PSB em aliança para as eleições do ano que vem. Como acontece com a direção estadual, a nacional está rachada ao meio.
Em entrevista exclusiva, ontem, ao Frente a Frente, o líder das Minorias na Câmara dos Deputados, o cearense José Guimarães, cotado para líder do PT no próximo ano, está fechado com a tese de que o partido deve estimular e apoiar a deputada Marília Arraes. Guimarães, aliás, já sugeriu a ela própria que anunciasse a pré-candidatura e disse que falava também em nome de Lula, a quem tem visitado constantemente na prisão, em Curitiba.
Já a corrente do senador Humberto Costa tem um pé atrás com candidatura própria e, embora admita ser uma possibilidade discutível dentro do PT, trabalha nos bastidores para a legenda apoiar a candidatura de João Campos (PSB).
Visões diferentes – Na longa entrevista que concedeu a este colunista e blogueiro, o deputado José Guimarães (PT-CE) revelou que, se Lula vier a ganhar liberdade em final outubro, prazo que o partido julga mais realista, a tese de candidaturas próprias nas principais capitais ganha consistência. Humberto já acha o contrário. Diz que Lula é aliancista e vai trabalhar para agregar forças já com vistas a 2022. (Magno Martins)