A oficialização de José Lindoso como presidente do Porto do Recife e consequentemente a consolidação do retorno do PSL para a Frente Popular foi mais do que uma adesão pura e simples. Trata-se de um partido que era considerado imprescindível para viabilizar a competitividade da oposição, haja vista a contribuição com o tempo de televisão e de rádio, e de seu poderoso fundo eleitoral que alavancará os candidatos do partido e apoiados por ele em 2022.
Esse movimento emite um sinal para a classe política que o PSB não está inerte quanto a sucessão de Paulo Câmara e evidencia que outras siglas poderão chegar para o conjunto de forças que sustenta a atual hegemonia socialista no estado, como por exemplo o PT, que está em vias de oficializar a retomada da aliança com o PSB, e o Podemos do deputado federal Ricardo Teobaldo, que declarou apoio à pré-candidatura do deputado federal Silvio Costa Filho ao Senado.
É importante frisar que Silvio voltou para a Frente Popular em 2020 quando apoiou a eleição de João Campos e não há indicativo de que o parlamentar deixará a aliança com os socialistas, o que permite avaliar que Ricardo Teobaldo deverá também avançar com a aliança com o PSB.
Se confirmadas as chegadas do PT e do Podemos, atreladas ao conjunto de forças composto por PSB, Republicanos, PP, PDT, MDB, PSD, PCdoB, Solidariedade e PROS que já estão na Frente Popular, será de longe a maior coligação de 2022 e garantirá um exército bastante representativo de prefeitos, vereadores e deputados para disseminar por todo o estado o projeto majoritário da Frente Popular.