Depois que o ministro Dias Toffoli determinou o arquivamento, por falta de provas, de um inquérito da Polícia Federal que investigava o deputado Bruno Araújo por suposto envolvimento na Operação Lava Jato, o partido que ele preside em Pernambuco (PSDB) decidiu também entrar na briga pela segunda vaga de senador na chapa encabeçada pelo petebista Armando Monteiro Neto. Quem abriu a discussão ontem foi o prefeito de Gravatá, Joaquim Neto, um dos mais expressivos líderes da legenda. Ele alega que no acordo celebrado internamente pelas oposições esta vaga estava destinada ao PSDB e que o candidato seria o próprio Bruno.
No entanto, acrescenta, ele não encampou de imediato a candidatura pelo fato de estar sendo investigado no episódio da Odebrecht. Agora, salienta, já que nada foi provado contra ele e que sua inocência foi reconhecida pela Suprema Corte do país, o próprio Bruno deve assumir a candidatura de imediato para que as oposições se apresentem aos pernambucanos o mais rapidamente possível com a chapa completa. O prefeito está convencido de que o “sentimento de mudança” está presente em todas as regiões do Estado e que as oposições desta vez irão fazer “cabelo, barba e bigode”, isto é, o governador e os dois senadores. (Por Inaldo Sampaio)