Em um momento em que a desilusão do eleitor com a políticaparece colocar em xeque os principais partidos políticos do país, pesquisas de intenção de voto mostram que duas dessas siglas —PSDB e MDB— são as que têm chance de emplacar mais governadores em 2018.
Candidatos dos dois partidos estão bem na disputa em oito estados cada. Em São Paulo e no Rio Grande do Sul, dois dos cinco maiores colégios eleitorais, PSDB e MDB se enfrentariam no segundo turno. Hoje, os tucanos governam quatro estados, e o MDB, cinco.
O cenário é animador especialmente se comparado com o desempenho das duas siglas na corrida ao Planalto, em que Geraldo Alckmin (PSDB) segue estagnado em empate técnico com Ciro Gomes (PDT) no terceiro lugar. Henrique Meirelles (MDB) também continuou com 2% na pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta (28).
O PT, cujo candidato, Fernando Haddad, está em segundo lugar nas pesquisas, e o PSB trazem nomes fortes nas disputas de sete estados cada. Três governadores petistas devem se reeleger ainda no primeiro turno: Rui Costa, na Bahia, Camilo Santana, no Ceará, e Wellington Dias, no Piauí.
No entanto, Minas Gerais, o estado governado pelos petistas com maior colégio eleitoral —15,7 milhões—, pode sair das mãos do partido. Fernando Pimentel, candidato à reeleição, tem, segundo o último Datafolha, 24% das intenções de voto, contra 33% de Antonio Anastasia (PSDB). Se o segundo turno fosse hoje, o tucano venceria por 46% contra 31% de Pimentel.
O deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG), secretário-geral do partido, contudo, diz que a sigla não deve comemorar antes. “A eleição em Minas Gerais ainda não está ganha. E a eleição do Doria[em São Paulo] está sendo muito dura”, disse Pestana.
“Considerando o quadro partidário muito pulverizado, o PSDB sempre teve uma presença forte nos estados. E tudo indica que continuará com uma posição expressiva”, diz Pestana. “Governadores são pontos de apoio a um projeto político e atores essenciais na vida nacional”, afirma.