Após reunião em Brasília, o PSDB anunciou nesta segunda-feira (30) a escolha do senador Aloysio Nunes (SP) como candidato à Vice-Presidência na chapa de Aécio Neves. A decisão visa agregar internamente o partido, já que Nunes é do grupo do tucano José Serra, e também ampliar forças em São Paulo.
Outra opção que foi cogitada pelo partido foi o nome da ex-ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie, que poderia agregar à candidatura pela trajetória profissional, currículo jurídico e por ser mulher.
No entanto, a maioria do PSDB considerou que a escolha de Aloysio Nunes poderia dar maior unidade ao partido.
Aécio Neves também destacou que José Serra terá “papel importante” na campanha e garantiu que o PSDB está “mais unido que nunca ”. “Serra terá uma participação extremamente importante na campanha. Todos nós dentro de qualquer partido temos posições divergentes. Nosso objetivo é iniciar um novo ciclo no Brasil e José Serra terá um papel muito importante”, afirmou.
Chapa puro sangue Aécio e Aloysio Nunes foram questionados por jornalistas pelo fato de terem escolhido formar uma “chapa puro sangue”, com candidatos do PSDB tanto para a Presidência quanto para a vice. Segundo Aécio Neves, a escolha do senador tucano para a disputa se deu porque ele seria o nome que trouxe maior “convergência” aos partidos que formam a coligação.
“Ocorreu a naturalidade da escolha. Aloysio foi indicado vice porque foi o nome que convergiu. Lideranças como Paulinho da Força Sindical [presidente do Solidariedade] apoiaram. Aloysio é maior que o PSDB”, disse.
De acordo com Aécio, “Aloysio é quem se coloca hoje, dentre tantos companheiros ilustres, na melhor condição para ser o representante da nossa aliança”. “O PSDB peca há muito tempo por esse defeito, excesso de quadros qualificados”, brincou o tucano.
‘Medo’ Os dois tucanos falaram ainda que pretendem levar adiante uma campanha marcada pela apresentação de propostas e acusaram o PT de usar a “estratégia de difundir o medo” por não ter “nada novo para mostrar”.
“Tenho couro duro, mas o ódio é uma arma contraproduzente.É usado como arma porque Dilma não tem mais nada de novo para oferecer ao Brasil”, afirmou Aloysio Nunes. “Vamos falar de futuro, de esperança. Vamos deixar o ódio e o medo para nossos adversários”, completou Aécio Neves.