Com o anúncio da chapa das oposições previsto para o dia 28, as próximas definições do grupo estão concentradas no deputado federal Bruno Araújo. Presidente estadual do PSDB, dará a palavra final sobre a forma como o tucanato estará representado na majoritária – se no Senado ou na vice. Entre os tucanos, no entanto, admite-se que atrair André Ferreira para disputar a Casa Alta seria agregar um partido a mais ao bloco, o que é visto com bons olhos. Nos cálculos que embasam os estudos, avalia-se que, caso se desenhe uma eleição dura, a lógica seria que cada lado da disputa fizesse um senador. Faz-se ainda uma conta de que Bruno Araújo e Mendonça Filho são dois nomes do Estado atuantes na Câmara Federal e lançar os dois no jogo poderia ser uma aposta alta demais.
No caso de Mendonça, entram na matemática eleitoral dos aliados, o recall que ele tem de eleições para governador do Estado e prefeito do Recife e um dado, segundo o qual, para o Senado, não vale a tese da renovação. “Tem que ser sênior”, realça um integrante das oposições sobre o perfil esperado pelo eleitorado. Há uma tendência de que o PSDB indique a vice, mas eventual fato novo no processo pode fazer a sigla refluir e decidir ocupar a vaga do Senado. O dirigente do PSDB ainda abrirá debate interno sobre o tema. Trabalha com todas as alternativas, como os nomes dos ex-governadores João Lyra e Joaquim Francisco, além do ex-prefeito Elias Gomes, do deputado Betinho Gomes, da deputada Terezinha Nunes, além do vereador André Régis e do ex-deputado Guilherme Coelho, cujas chances, segundo tucanos, são “razoáveis”. Bruno conta com prazo e pode chegar ao dia 28 sem ter ainda encerrado o debate no PSDB sobre o assunto, devendo esperar até os 45 minutos do segundo tempo para resolver.