O PSB reúne, hoje, na sede do partido, parte da bancada dos 15 deputados estaduais eleitos para definir a posição da legenda em relação à eleição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Os socialistas buscam um consenso para lançar ou não a candidatura própria à Presidência do Legislativo. A ideia é defender a tese da proporcionalidade, já que o partido tem a maior bancada da Casa.
O empecilho, ainda, são cinco parlamentares – cujos nomes não são revelados – que estão indecisos ou desejam apoiar mais uma reeleição do atual presidente, o deputado Guilherme Uchoa (PDT). Pela oposição, o PTB, que lidera uma bancada com 14 parlamentares, aguarda a decisão dos governistas e aposta até num reforço do grupo com um possível ingresso de Uchoa à bancada oposicionista após ser derrotado na disputa.
O clima no PSB ainda é de indefinição. O governador Paulo Câmara afirma que não vai interferir no processo e deixou a responsabilidade para os deputados. Os socialistas estariam articulando dois projetos de candidatura, mas negam a movimentação. Um seria encabeçado pelo atual líder do governo na Assembleia, o deputado Waldemar Borges, e o outro pelo deputado Aluísio Lessa. “Não tem isso de candidato ou candidatura. A nossa diretriz é defender a tese da proporcionalidade e reunir nossa bancada. Cada partido está fazendo isso nesse momento (reuniões)”, despistou Lessa.
Sob a liderança do deputado Silvio Costa Filho (PTB), a oposição deve se reunir no próximo dia 14. A posição do grupo só deve ser anunciada após a decisão oficial da bancada governista. O curioso é que destes, pelo menos oito têm uma certa “simpatia” pela reeleição de Guilherme Uchoa. Há, no grupo, quem acredite que o parlamentar deva repetir o gesto de 2001, quando Uchoa, derrotado na eleição pelo deputado Romário Dias (no então PFL), decidiu fazer oposição ao próprio partido no governo Jarbas Vasconcelos (PMDB). (Diário de Pernambuco)